Massacre

Não, o nome certo nao é ping pong, muito menos pingue pongue, o certo é tênis de mesa, por hora, deixemos de discutir essas besteiras e vamos nos concentrar em outra coisa, como por exemplo o que eu vou falar agora.
Ao ouvir um som sintilante por favor passe a página(acho que ninguém vai entender, mas dane-se).
Não tinha mais pessoas da minha idade pra fazer escolinha de futsal e meu irmão era muito sedentário pra continuar e ainda assim meu pai queria que nós(eu e o sedentario) fizéssemos um esporte, depois de muito pensar escolhemos tênis de mesa(não me pergunte por que, eu não sei).
Meu pai descobriu que tinha uma escolinha do tal esporte no clube português e assim nos matriculamos.

DIA 01
chegamos lá com um sorriso gigante no rosto( imaginem dois coringas[do Batman] com meio metro de altura) e logo de cara começamos a jogar, passamos a tarde jogando, foi uma maravilha, nunca joguei tanto ping pong na minha vida.
DIA 02
De novo com um sorriso na cara e uma raquete na mão, fomos direto jogar, mas dessa vez o professor disse que não iríamos nem tocar nas raquetes...
É o seguinte: o local onde nós treinávamos era entre duas quadras, uma poliesportiva e uma Society, na lateral da Society tinha uma escada com uns cinquenta degraus de subida e mais cinquenta de descida, ele disse pra nós dar-mos seis voltas ao redor da poliesportiva e subir as escadas seis vezes, cansados com fome e sem vontade de cantar uma bela canção, voltamos pra casa.
DIA 03
Sem sorrisos e com raquetes esperamos as ordens que foram dadas prontamente, a ordem era alongue-se, como já fizemos outros esportes antes sabíamos nos alongar e assim começamos, mas pouco segundos depois ele disse que estávamos fazendo errado e nos mostrou uma plaquinha com uma lista de alongamentos a seguir, não conhecíamos metade dos exercícios, meio sem coordenação e equilíbrio completamos a tarefa que nos foi dada, jogamos um pouco e voltamos pra casa.
DIA 13
Com mais prática e resistência continuávamos o nosso treino e dessa vez chegou um homem, cumprimentou o professor e foi jogar um pouco.
Ele era baixo, meio careca, com os bracinhos pequenos e uma perna mecânica.
O professor sem delongas nos mandou jogar contra o homem, foi um massacre.
O gordinho nos humilhou no jogo de tal forma que é impossível descrever com palavras, na verdade é, mas eu tô com preguiça então usem a imaginação.
cabisbaixos voltamos pra casa.
DIA 25
Redimidos e com mais treinamento, fomos treinar, e nos chega uma figura um tanto quanto peculiar.
Era um homem, alto, com um problema nos pés e sem um braço. Ele nos disse que as ordens do professor era pra que treinássemos com ele, e o fizemos, Um novo massacre tomou conta do lugar. Meu irmão ainda ganhou um set de três e eu não ganhei nada
DIA 47
Com pouco mais de um mês de treinamento e já pegando as manhas do jogo, chegamos pra treinar e o professor estava conversando com um homem que parecia ter uma espécie de retardo mental e como sempre ele mandou o tal homem jogar conosco e assim jogamos, M-AS-S-A-C-R-E. depois de nos humilhar o homem perguntou ao professor qual era o nosso nível e ele disse que era iniciante, o homem comentou que jogávamos bem e foi-se.
Pouco depois eu perguntei ao professor quem era a criatura de quem tive a honra de ser humilhado, ele disse que era um jogador muito antigo do clube e que tinha lesionado a mão direita, e que por isso estava jogando com a esquerda. OO


Nunca mais eu joguei ping pong...(onda)
ps: eu e meu irmão éramos os únicos jovens do local, estávamos rodeados de velhinhos...
lição de hoje: nunca jogue ping pong com deficientes


LL